Naquele tempo passado,
que hoje é de saudade,
que hoje é de saudade,
dias tristes também havia,
era uma criança inocente,
somente dez reis de gente,
a quem a vida não sorria.
Sem tempo para brincar,
lá ia eu trabalhar,
lá ia eu trabalhar,
coisa de gente crescida,
a correr e a saltar,
para ao tempo ganhar,
pedaços da minha vida.
Meu relógio era o dia,
e pelo Sol eu geria,
o tempo que ainda tinha,
para poder andar na rua,
antes que surgisse a lua.
e chegasse a noitinha.
Fazer todos os mandados,
levar todos os recados,
não importava a distância,
os deveres eram sagrados,
os deveres eram sagrados,
deslizes não eram tolerados,
e eu era só uma criança.
e eu era só uma criança.
Eram curtos os horizontes,
fechados naqueles montes,
onde o Inverno era tão frio,
o verão
era tão escaldante,
mas eu tinha como amante,
O “Ceira”... meu querido rio.
Este seu poema é lindo e faz-nos lembrar a infância de muitos de nós nos anos 60, adorei!
ResponderEliminarObrigada Guadalupe, eu só sei escrever sentimentos.
Eliminar